Própria língua,
própria mente,
à procura do próprio coração.

Priscas eras...

Banquete

Desespero.
Dor.

Importa?
Vão torna-se qualquer protesto,
Sendo nossa a escolha.

Por quê?
"Porque me sinto completa"

Idiota!
Idiota!
Completa de quê?

Morra imbecil!
Iluda-se!
"Sou a convidada de honra".
"A mim,
a melhor iguaria".

Aproveita bem a ilusão
pois dela unicamente te alimentarás.
A ti nada restará
além de migalhas.

Viajando na Maionese...

Devaneios de uma conversa profícua em uma noite quase fria.

"nunca ouviu falar dos mnemes?"

"você será vivo pela sua criação. Sua essência "enfrascada" em linhas e páginas".

"vencendo o tempo e chegando a olhos que você nunca pensará em ver. Breves momentos de cumplicidade e comunhão, seu mundo se refará e terá como convidada, justamente a conjuradora desta magia".

"Esta conjuradora como oferenda por sua magia, pagará com o fascínio. De convidada de honra e senhora da conjuração, passará a escrava e assistente do enredo, não se libertando jamais das amarras que a prendem às linhas".

"Apesar de envolvida, sofrerá a maldição de nunca estar no foco da história, fantasma circulante dentro de cenários e acontecimentos que não lhe pertencem. E quando o encanto se desfizer, jamais perderá a sensação da partilha da essência, o momento único de união com uma alma irmã. E terá valido a pena."

Volta

cheia de voltas

intrincados
volteantes

fina teia,
idas
vindas

acariciantes,
hipnóticos
anéis;
de (in)censo,
de poetisa

tentando
alcançar o
universo.