domingo, 1 de agosto de 2010

Para uma Coelhinha de Tristes Olhos e Coração Apressado

Ainda que
teus olhos
(tristes princesas carpidoras) sejam
medo e lamento e dor de
tristes idas histórias

para si,
para o mundo,

teu Coração,
pequeno infante,
galopa soberano
(dos olhos tão distante
e tão próximo!)

sussurrando segredos
de risos e liberdade e luz
que não é capaz de calar.

Feliz, Consolada, Ébria,
a atrevida poetisa
tenta acompanhar
a música
de teus sagrados compassos imperiais.

Mísera!
Paga com a imperfeição
a ousadia de
na manca linguagem plebéia
cantar seus secretos versos inexprimíveis.

Destemida (louca?)
bem feliz estaria se soubesse
que foi capaz de,
qual bardo vindo de terras distantes,
deleitar as tristes princesas inconsoláveis(?)
com as loas do nobre cavaleiro
há muito não visitado.