Não me deixa.
Até os confins da terra,
no meu quarto,
escondo-me,
mas está lá.
Não há fuga
pois não há prisão.
Não há abandono,
fadada que estou
sempre carregá-la.
Mesmo que negue,
a imagem que
me contemplará
insondável
incansável
até o fim,
será somente a minha.
Um comentário:
Sarah, querida, há anos que você frustra meu pessimismo e me faz ver que, apesar de tudo, há algo de sublime nesse mundo.
Mesmo depois de tanto tempo afastado - sem poder ler, sem poder conversar - os seus poemas continuam me deixando assim, sem saber como consegue tocar uma nota tão profunda, e ao mesmo tempo tão sutil, tão delicada.
Fico feliz de ver que continua escrevendo =)
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