domingo, 18 de setembro de 2011

Sobre como tocar piano em caixas de K-7 e desilusões de natal

Esse post é o primeiro de uma série de 250 (sim, pasmem) em que postarei uma música, relativa a um tema proposto, todo dia. Será que eu, a rainha volubilidade, vou conseguir fazer uma coisa dessas? Vamos ver. :)


Minha vontade: Opa, pra cá... isso... nãão, não... ééééééé... vai... vai...


O primeiro desafio é apresentar uma música que lembre sua infância. Ok. O que me vem à mente é uma música do Nat King Cole, chamada Unforgettable. Eu gosto mais da versão que tem a filha dele.



Por quê eu lembro dela? Bom, pelo mesmo motivo daquela do tio Frank de uns posts atrás, E porque eu pegava  as fitas K-7 dos meus pais e enfileirava todas elas num vão d'A Estante pra fazer de teclas.

Eu me sentia uma concertista famosa, tocando em teatros lotados, sendo aclamada; os compartimentos d'A Estante eram os tubos do meu órgão que levavam meu som para o céu (sim, eu era uma criança delirante).


Imaginava algo por aí...

Por mais simples e radiofônica que essa música seja, por mais que essa versão seja a cara da Nathalie (a Cole King) querendo vender sua voz às custas do pai morto, por mais que minha mãe fizesse cara de dor quando a música tocava (principalmente pela "cachorrada" da filha do Nat, o qual não merecia um rebento tão ingrato e sem talento), eu escutava a música e viajava pra outras dimensões. 

A voz do Nat sempre teve esse poder sobre mim.  Me transporta pra outros lugares, despertando imagens e sensações vindas do inconsciente coletivo ou das vidas passadas (dependendo da sua crença). Na época eu era mais vulnerável. Não racionalizava minhas experiências, e por isso mesmo elas eram muito intensas e arrebatadoras. 

O resultado de tudo isso, foi que no natal, eu ganhei um teclado eletrônico. De brinquedo. E eis o meu primeiro trauma de natal.


Porra, Papai Noel, tudo a ver com o que eu queria né? :(


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